sexta-feira, 1 de julho de 2011

em busca do não sei o que 6

  Sempre me intrigou a divisão de territórios na prostituição de rua. Há a esquina das putas,a dos travecos e a dos michês. Como é estabelecida esta divisão? Será que fazem reuniões? Será que são tradições de décadas sobre as quais não se discute? Será que há horários diferentes para os mesmos pontos? Será que tem rodízio?
  Compreendo que a clientela tem que saber onde encontrar o que procura,mas sempre achei um tanto contraditória essa organização em uma atividade que , para nós de fora,parece tão caótica. Ingenuidade.  Leis e regras são necessárias em qualquer situação. Até na selva.

   Chega Judite,codinome Milady na esquina da Rua Tal com a Avenida Etc para estrear em um novo campo de trabalho: Vai virar puta. Cansou de trabalhar no circo. Cinco minutos depois,chega uma loura mulata com gogó protuberante que diz pra ela:
 -Tem cigarro?...Obrigado. Ô,coisinha,é o seguinte: anã é duas esquinas pra lá. Aqui é só pra mulher de negócio. É novata,né? Tudo bem. Prazer,eu sou a Roxane. (Rg Agenor). Qualquer coisa diz que é minha amiga. Meu cartão.

 Pano Rápido.