quinta-feira, 24 de novembro de 2011

meia hora depois

 Estou de volta a essa tela branca sem ter a menor idéia sobre o que vou escrever mas vou escrevendo assim mesmo.  Regras definem um campo de atuação, mas sempre trazem exceções em potencial. Agora chega.
 Faltou assunto ? Metalinguagem resolve.

o dia seguinte

Estou de volta a este ambiente com ar-condicionado, café feito várias vezes por dia, estúdio com vista para o mar, odaliscas massagistas e -  importantíssimo - o despertador desligado para eu aproveitar mais antes de acordar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Muitos meses depois

 Estou de volta a esse ambiente aparentemente asséptico, onde usuários muitas vezes anônimos dão vazão a delírios megalomaníacos.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Elefante

   O elefante é um animal interessante. Geralmente é tranquilo, mas não pise na bola com ele que vai ter volta. O paquiderme apresenta um comportamento original tanto no acasalamento quanto na hora da morte. Quando chega a hora do acasalamento, a fêmea solta um cheiro específico que deixa os machos loucos e furiosos. Deve ser uma essência de testosterona. Então os machos começam a lutar e destruir tudo à sua volta. O elemento que fica mais louco será o escolhido para uma relação estável e monogâmica para o resto da vida. E quando ele fica bem velho e começa a atrasar a manada, se encaminha espontaneamente para uma área destinada ao fim da vida. Uma espécie de asilo. Daí os cemitérios de elefantes, procuradíssimo pelos contrabandistas de marfim.
   Os agudos de John Coltrane vem dos elefantes.

sábado, 6 de agosto de 2011

em busca do não sei o que 7

   Era um boteco pé-sujo de enciclopédia. Estava tudo ali: azulejos, ovos rosas, um cearense, um baiano e um português. Não tinha Serra Malte mas tinha Original. Pedi a minha ,afinal já passava das cinco. Da manhã. Como é civilizado um estabelecimento que atende 24 horas.  Comecei a saborear a minha cerveja gelada enquanto pensava na turnê de lançamento do meu romance que mal comecei. Após o segundo gole, percebi algo de diferente: os camisa-preta. Um bando deles, cabeludos, espinhentos e de banho tomado na casa da mamãe. Bebendo cachaça. 51. A única banda que identifiquei em suas camisas foi o Iron Maiden. A raça evoluiu, havia duas meninas no bando, uma de cabelo preto e a outra de cabelo vermelho. Vermelho mesmo. Não conseguia tirar os olhos do cabelo da menina. Ela devia ter uns vinte anos e estava sem sutiã. Bonita a moça. Daqui a 4 anos vai abandonar a faculdade de comunicação e casar na igreja de véu e grinalda.  Não estava perto o suficiente para ouvir a conversa deles mas não pareciam muito animados. Já passou da hora de criança dormir. De repente a de cabelo vermelho levantou e gritou:
  - Ah,é? Então vai tomar no cú!
 Ela jogou a cerveja na cara espinhenta no gordinho com a camisa do Iron e saiu bufando do bar,com um cigarro ainda apagado na boca. Porra,Gordinho! O que você aprontou? É a minha deixa:
  - A conta,por favor!
 Ela dobrou à esquerda. Acho que tenho um isqueiro aqui no bolso.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

em busca do não sei o que 6

  Sempre me intrigou a divisão de territórios na prostituição de rua. Há a esquina das putas,a dos travecos e a dos michês. Como é estabelecida esta divisão? Será que fazem reuniões? Será que são tradições de décadas sobre as quais não se discute? Será que há horários diferentes para os mesmos pontos? Será que tem rodízio?
  Compreendo que a clientela tem que saber onde encontrar o que procura,mas sempre achei um tanto contraditória essa organização em uma atividade que , para nós de fora,parece tão caótica. Ingenuidade.  Leis e regras são necessárias em qualquer situação. Até na selva.

   Chega Judite,codinome Milady na esquina da Rua Tal com a Avenida Etc para estrear em um novo campo de trabalho: Vai virar puta. Cansou de trabalhar no circo. Cinco minutos depois,chega uma loura mulata com gogó protuberante que diz pra ela:
 -Tem cigarro?...Obrigado. Ô,coisinha,é o seguinte: anã é duas esquinas pra lá. Aqui é só pra mulher de negócio. É novata,né? Tudo bem. Prazer,eu sou a Roxane. (Rg Agenor). Qualquer coisa diz que é minha amiga. Meu cartão.

 Pano Rápido.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

em busca do não sei o que 5

   De repente como um teletransporte estou no pé-sujo perfeito. Um balcão oval permite uma visão geral que muito me inspira. São 22:45 de uma terça-feira congelante. A 45 graus para a esquerda do outro lado do balcão há um casal pouco encasacado e absolutamente bêbado . Ele , arrisco que trabalha na construção civil . Ela,não faço a menos ideia. Interessante,eles são bem parecidos. Será que são parentes? Trocam confidências no pé-do-ouvido entre risadinhas e goles de conhaque de alcatrão São João da Barra. Está na hora de pegar meu moleskine do bolso. Puta Merda,esqueci. É claro,justo hoje. Não importa,vou absorver esta experiência. Tenho que deixá-la maturando. É meu passaporte para a Literatura. A vida. Hemingway já dizia. Não,não posso citar nomes. No Namedropping.   Se eu começar com isso,daqui a pouco estou contrapondo métodos diversos de ícones da Literatura. Fulano fazia assim,já Sicrano fazia assado. Não,tenho que fazer do meu jeito. Encontrar a minha voz. Nada disso de ficar em casa na internet. A vida está aqui fora. Vou me livrar do meu celular,vou andar de ônibus.
   Eis que chegam dois PMs,estilo Cosme &Damião. Estão me encarando e cochichando. Estou muito louco ou um deles me pisca o olho? Não,peraí. Isso é demais pra mim. Vou pra casa. Táxi!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

é ficção ! é ficção! 1

 A geladeira está uma tristeza:
-Um resto de manteiga Aviação;
-Suco de caju;
-Uma Skol.
  Cortaram a luz,o telefone e o gás. O condomínio está atrasado dois meses. A síndica ,que é minha vizinha de porta,começou a sua rotina diária de cantar músicas evangélicas. De vez em quando ela começa a falar alto sobre um vizinho "perdido" que tem que ser purificado e não merece o reino dos céus. Talvez ela esteja falando de mim. Se é pra lá que ela vai,ótimo. Quero estar longe. De vez em quando ela solta um palavrão. Depois ela fica com sentimento de culpa e medo de perder o vale-paraíso e começa a cantar com mais convicção ainda. O que ela não sabe é que a filha dela de 20 anos,muito jeitosinha,diga-se de passagem, volta e meia bate aqui na porta quando ela sai de casa. Já pediu açúcar,sal,pó-de-café e até já pediu para entrar. Sempre com roupas muito respeitosas,mas com dois botões da blusa sutilmente abertos.Eu sempre digo não. Mas hoje eu não sei . Parou a música. Bateu a porta da vizinha e a síndica sai cantando. Dez minutos depois,toca a campainha.

domingo, 26 de junho de 2011

copacabana palace anos 50

   No trecho daquela balada em que levanta o naipe de saxofones aproveitei o efeito das duas cuba-libres e arrisquei um beijo . Ela a princípio recusou,ma non troppo. No início do solo de trombone com surdina ela finalmente me cedeu seu lábios. Valeu a pena pegar dinheiro emprestado para alugar o smoking.

em busca do não sei o que 4

  Dois dias depois a ideia do romance ainda me perseguia. Eu preciso de concentração. Preciso de uma máquina de escrever Remington. Ou Olivetti. Muito mais inspirador aquele tlec tlec da geringonça de metal. E as correções a caneta? Isso sim é Literatura. O café na xicará velha com a borda rachada,o cigarro no cinzeiro,as contas atrasadas debaixo da porta. E o lobby editorial? Que beleza!Os almoços em restaurantes caros onde o suspense sobre quem pagará a conta tempera a refeição com uma tensão trincante que aumenta a concentração na estratégia. Ah, o público-alvo,este animal imaginário que nos assombra nos
domingos de madrugada!

sábado, 25 de junho de 2011

Cuidado!

Cuidado! Escrever na primeira pessoa sempre traz o risco de acharem que é autobiográfico.
E usar de ironia podem achar que você está falando sério. Mas como dizia a senhora sua avó,"Quem não arrisca....."
Além do mais,é divertido misturar as coisas. Aliás,eu nem devia estar explicando nada.

em busca do não sei o que 3

   O primeiro boteco que apareceu não atendia às especificações da minha fantasia: era muito limpo. Tenho que andar mais. Quero um bar com gente mais feia,com dentes em pior estado. É isso que eu preciso para o meu romance. Vou falar sobre o submundo, as cachaças vagabundas , as putas de rua e os alcoólatras sem dinheiro. Vou falar sobre os sonhos derramados na pia e os amores sujos da Boca do Lixo. Já está tudo pronto na minha cabeça, só falta botar no papel. Eu nem precisava fazer pesquisa,mas acho que circular in loco pelo ambiente do qual quero falar  vai trazer mais veracidade às minhas impressões. Além de poder ouvir conversas alheias,essencial para a criação artística.
   Três quarteirões depois,aparece o bar perfeito. Não tinha azulejo português nem azulejo nenhum. As paredes eram de um verde escuro piscina suja .Não tinha cerveja Serra Malte .Aliás,um apoio dessa marca seria bom para o lançamento,tenho que ver isso. Pedi uma Brahma mesmo. Tinha três pessoas além de mim. O primeiro ,um caboclo com uns cinquenta e tantos anos com um boné cinza ,bebia cachaça sozinho e,pelo seu estado,já há algum tempo. Será que eu puxo assunto? Eis que toca meu telefone celular,esse aparelho dos infernos que nos desconcentra nos momentos mais puros. Minha mulher quer saber onde estou e é pra eu voltar logo pra casa agora.
-Tá bom ,meu amor,já estou indo.
   Lá em casa é assim,a última palavra é sempre minha.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

em busca do não sei o que 2

  É hoje o início da minha jornada de preparação para o meu romance. Não escolhi previamente nenhum bar . O acaso me levará para o primeiro pé-sujo. Está frio,mas não quero passar a ideia de que eu faço parte de uma classe social muito diferente dos outros clientes dos bares que frequentarei. Então o meu casaco de couro da Replay está fora de questão. Se bem que vi muitos motoristas de táxi com casacos de couro muito mais caros do que o meu. Aliás,se eu tivesse que comprá-lo,não o teria. Está bem acima do que posso pagar agora,que é pouco mais do que nada. Ganhei de presente,mas isso não vem ao caso .
  Separei meu moleskine e duas canetas bic. Meu celular filma e tira foto. Preciso de bolsos. Vou de casaco de couro mesmo. Não adianta,eu não tenho cara de povo. Estou pronto. Avisei minha mulher que ia fazer pesquisa para o meu livro. Ela respondeu algo debochado sem tirar os olhos da série policial que passava na Tv de Lcd no meio da sala. Creio ter ouvido algo como "Que livro?"
  Pois é,não tenho menor ideia.
Depois de refletir com sangue frio,decidi dobrar à esquerda. O futuro me aguarda.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

em busca do não sei o que 1

  Aquele manual dizia para evitar escrever na primeira pessoa. Que se foda. Nunca gostei de manual. Se sou eu mesmo ou um personagem é um detalhe menos importante.   O fato é que há meses a ideia de escrever um livro me perseguia. Voltava várias vezes por dia,me acordava no meio da noite. Mais do que uma ideia para um romance,eu imaginava a preparação,que seria perambular por bares ,de preferência pé-sujo. Sinto falta dos azulejos portugueses que tem em qualquer boteco fuleiro no Rio. Não tem disso aqui em São Paulo. Em compensação,aqui tem Serra Malte. E um frio com um quê de europeu , um incentivo à instrospecção e à observação antropológica. Sobre o que eu escreveria? Não importa. Sempre temos a metalinguagem para apelar,não é mesmo?
  Já tenho algumas regras:
1- evitar sinônimos em sequência,eles sugerem sutilezas e gradações inexistentes;
 2- evitar adjetivos ;
 3- evitar metáforas ;
 4-evitar namedropping;
 5-evitar regras .

Sim,eu adoro paradoxos.

Já é um começo.

minimusicbio 1

tive muitas aulas e só deu pra falar disso agora
 
   Me lembro de tirar de ouvido a melodia de "Contatos Imediatos" no piano. Minha mãe me disse que me botaram na aula de piano e iniciação musical na Pro-Arte quando eu tinha 4 anos. Eu sou de 72,então eu tinha 4 em 76. Creio que o filme Contatos imediatos é de 78. Bom,deixa pra lá. O fato é que foi cedo. Mas só durou uns seis meses,parece. Meus interesses eram mais desenhar e depois ,escrever. Talvez se eu não viesse a me tornar um músico,teria virado quadrinista.
   Com 10 anos,voltei ao piano e comecei também aulas de flauta doce. Mais uma vez,duraram alguns meses. Desta vez um pouco mais ,quase um ano. Aí,com treze ,me interessei pelo violão. Aliás,todos esses instrumentos já estavam em casa.Meu pai é músico talentoso. Não é profissional por que não quis. Então eu podia experimentar os instrumentos antes de querer ter aula. Meus pais realmente me deram força com as aulas de música. Nunca me negaram o que pedi para estudar. Tive aulas particulares de um monte de coisa: violão,piano,flauta,percepção,harmonia,guitarra,arranjo etc e depois quando entrei na faculdade de música (Composição) da Uni-Rio estudei mais coisas ainda:harmonia avançada,contraponto,percussão,canto coral etc Estudei pra caralho essa porra. Mas saí da cronologia,vamos voltar:
   Aos 13 anos comecei a ter aulas de violão e não parei mais de tocar. Baixo,aprendi sozinho. Bateria,também, ma non troppo.

ah,depois eu continuo.

obrigado
até a próxima

sábado, 11 de junho de 2011

ezercissu matinau

Estava frio mas o café estava quente
estava sozinho mas pensei na gente
estava de manhã cedo mas já era tarde demais

domingo, 22 de maio de 2011

Colônia Juliano Moreira -1989 - BISPO

  Ao ler o impressionante relato de Lima Barreto n'O Cemitério dos Vivos sobre sua internação por alcoolismo no Pinel da Praia Vermelha,minha memória reacendeu:
 Lá pelos idos de 1989 eu tinha 17 anos e estava entre a música e o cinema. Fazia um curso no Parque Lage de cinema e vídeo. E rolou ,extra-curricularmente, uma visita na Colônia Juliano Moreira para filmar o acervo do então recém-falecido Arthur Bispo do Rosário,genial artista plástico -e esquizofrênico-que criou todo um universo próprio no seu quarto na Colônia ,na qual foi interno por décadas. Como tinha -e tenho - mão firme e ,digamos assim,algum discernimento conceitual,fui chamado para fazer a câmera. Sim,eu vi toda a sua obra emocionante entulhada em um quarto mofado,meses antes de ganhar todo o reconhecimento que veio a ter meses depois. Passamos o dia inteiro lá em Jacarépaguá,zona oeste do Rio de Janeiro.
   É muito impressionante a missão à qual ele se comprometeu,de traduzir o mundo na sua obra. Sem reconhecimento algum em vida. Diz muito a nós artistas.O que nos faz enfrentar essa vida tão insegura? De onde vem essa certeza?
   A maioria dos internos andava solta pelos jardins . Impressionou-me muito como as características de cada um são exacerbadas ao nível da caricatura. A manutenção de uma expressão facial por anos vai transformando o rosto  Parecia um quadro de Bosch . Os comportamentos também. O recluso não abria boca. O expansivo não parava de falar. Um deles,um senhor na casa dos 60,que nos seguia e puxava assunto toda hora,com seu sorriso desdentado e uma tosse de cachorro. E os cigarros. Todos pediam cigarros ao ver gente de fora. Todos. O cigarro ganha um valor na reclusão que nós de fora nunca entenderemos. Na cadeia ele chega a ser moeda.
 No fim do dia,chegamos a dividir o refeitório com os internos. Um sentava no chão e se comportava como um neném.  Outro tinha uma expressão vazia de um peixe. Um,paranóico,olhava desconfiado para todos os lados,entre cada colherada.
  O material filmado,não sei que fim levou. Pouco depois cheguei a reconhecer algumas imagens que fiz em uma exposição. Sem crédito,é claro. E ficou por isso mesmo.
  Bispo dedicou sua vida à sua obra,que tinha a missão de salvar o mundo.O que ele conseguisse representar,estaria a salvo. Ele usava tudo o que chegava às suas mãos: roupas velhas,lencóis, copos de plástico,lixo, palitos de fósforo,canetas,tudo. Espero que tenha conseguido.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

satisfações

 Estou lendo um livro de Lima Barreto -que eu acho muito foda- que está despertando memórias adormecidas há muito tempo. O processo já está instauraddo no subconsciente. Daqui a pouco eu boto pra fora.
 Somemos isso à minibio que está sendo curtida em outro compartimento de meu cérebro.
 Eu vou ali e já volto.

sábado, 7 de maio de 2011

exercício n.1

a cama boa apesar do espaço sobrando
o dia muito frio ,o café quente demais
o jornal parecia de outra língua
o relógio se arrastando
a faxineira da frente me estranhando
o papelzinho com seu nome e telefone foi pra máquina de lavar
as contas não param de chegar por debaixo da porta
biografia é fantasia,
memórias são ficção
passando manteiga no pão
eu penso na vida que também passa
e nos puxa pela mão

segunda-feira, 2 de maio de 2011

re...

recomeçando-renovando-reorganizando-reciclando-reaprendendo
reerguendo-revigorando, falou o retranqueiro

reclamando repetindo revelando

quinta-feira, 28 de abril de 2011

aham

estou me animando para escrever uma minibio musical aqui nesse troço...quando eu me animar aviso,ok?
tô convertendo uns arquivos de pc pra mac pra mixagem. muuuito chato.

terça-feira, 26 de abril de 2011

colaborações

Colaborações. Esta é a palavra-chave. Tudo $ozinho é foda. PESADO . Esquema joint-venture,saca? É por aí. Esse é o canal. Esse é o lance.Essa é a jogada. A parada é essa. Vamo Nessa.Fui.Falei.Falou?É isso aí.Podicrê.Agora Chega.

Em Sampa estou começando um duo acústico com Marcio Tucunduva. O repertório?Frank Zappa.Mas só as canções que funcionam com dois violões e duas vozes. Tá no começo mas tá ficando massa.

No Rio estou começando um trio com Camila Costa e Nailson.Dois violões e percussão.E os 3 cantam.O repertório? Mutantes,Caymmi,Macalé,músicas próprias etc.Também tá ficando massa.
 Tem mais mas por hoje é isso. Sempre tem mais.

terça-feira, 19 de abril de 2011

tópicos

-dia do índio
-aniversário do roberto carlos
-meu estúdio tá uma zona
-a meta de escrever todo dia está sendo neglicenciada
-estou com fome
-várias coisas pra fazer
-aguardando a definição sobre um trabalho
-bom dia

quinta-feira, 14 de abril de 2011

é por aí

Valorizo MUITO a concisão ,exceto quando estou fazendo um solo de guitarra de 5 minutos..... :

  "We behave like detectives: the world give us some cues and we wonder things." - David Lynch

Ou seja,nos comportamos como detetives: o mundo nos dá algumas pistas e imaginamos coisas,fazemos teorias.
 É isso,Mr. Lynch. Na mosca.

A concisão do inglês é insuperável. Português é uma língua linda e cheia de possibilidades. Mas não é nada  prática.

http://soundcloud.com/carlos-pontual/mensagens-subliminares

putz

caraiiii! esqueci do blog. regularidade exige disciplina. sou dedicado mas sou bagunçado.
peraí,vou ali e já volto.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

FB...

   Estou comecando a ficar de saco cheio de Facebook. É uma ferramenta bastante útil,mas me incomoda cada vez mais a quantidade de porcaria que a gente é obrigado e ver e ler. Há várias maneiras de usá-la,eu optei inicialmente-e agora pago o preço- por agregar o maior número de pessoas,sem muita seleção, pra divulgar meu trabalho, minha "persona artística"-quase uma pessoa jurídica - e minha credibilidade editorial,digamos assim. É ótimo para contatar pessoas e se trocar links interessantes. Conteúdo. Por outro lado,mesmo que se evite aplicativos de joguinhos e coisa parecida,nos vemos alvos de desabafos que não interessam,frases-feitas requentadas, fotos de aniversário etc. E discutir política na internet? Chato pra caralho. E uma questão me incomoda cada vez mais:a maior parte das pessoas que postam conteúdo no FB,só o fazem por que tem tempo para isso. Eu sei por que sou um deles. Não devia,mas gasto um bom tempo naquela ambiente. Cada vez menos. É perfeito para quem está com pouco trabalho ou odeia o seu trabalho e precisa de uma válvula de escape,por exemplo. É uma coisa parecida com pesquisas em geral: são baseadas em respostas de pessoas que respondem a pesquisas! Eu não quero ouvir todo mundo falando,a maioria só fala besteira. As pessoas que mais estão fazendo coisas interessantes ou inovadoras,creio eu,tem mais o que fazer do que ficar na internet tanto assim.
   Tive o cuidado de evitar a contradição de usar o FB para reclamar dele mesmo... A internet? Inevitável. Mas o momento é de foco. Filtro. Limpeza. Violão. Tchau.

Blog é gerar conteúdo. Não vou sumir . Estou gostando daqui.

'Té,
P

quarta-feira, 6 de abril de 2011

sobre o the ricky gervais show

the ricky gervais show é um programa bem legal. botam 3 caras em um estúdio de rádio ,mesa redonda,microfone e tal. um deles ,especialmente,é bem peculiar. então os outros dois ficam botando pilha para ele reagir falando absurdos,de um jeito meio ó-vida-ó-azar. aí filmam os caras falando e depois passam tudo para desenho animado,que às vezes ilustra as conversas deles,emulando o traço em mr.magoo dos estúdios da u.p.a.  e só. engraçado pra caralho.  assunto é o que interessa.  ricky gervais é o criador e protagonista do the office. o original. ingleses.

são paulo,22:17

terça-feira, 5 de abril de 2011

livros agora

lendo agora:
peanuts-obra completa vo. 1 -charles schulz
going postal-terry pratchett
a arte de causar efeito sem causa-lourenço mutarelli
código dos homens honestos-honoré de balzac

?

 acharam o que? que eu ia ficar falando de guitarra? é ruim,hein!
aliás,eu quase não tenho tocado guitarra. pra compor uso mais o violão. pra produzir e arranjar,mais o teclado.e o maldito mouse....trackpad do macbook pro aliás.... e tenho tocado baixo quase todo dia. estava com saudades daquele tum tum tum.
 mas hoje eu vou fazer um esporro danado com a guitarra. ó,vizinho de cima e sua obra interminável: você é a desculpa perfeita para botar o amp no NO TALO. vou pegar minha gibson sg que já tá me olhando esquisito.ih,já vi tudo:vou ter que amaciar,comprar flores,bombons,levar pra passear. mas ,primeiro,dá tua mão aqui... isso,assim...
ó,só ,acabei falando de guitarra. nada como se contradizer logo de manhã #praficaresperto

e essa agora...

escrever de jejum é diferente
perto do sonho que se foi sem deixar vestígios
longe dos afazeres à espreita depois do café
lucidez tamanha examinando edifícios
administrando subterfúgios
"sem essa,aranha" no canal brasil
alguém viu?

para aquelas manhãs....

 NEM by Carlos Pontual

segundo dia

 Algo entre um diário , um exercício de escrita e um mural. E sem essa obrigação de ser pessoal o tempo todo também. Isto é um palco virtual? Sei lá. Impressões e um compromisso. Escrever todo dia? Não sei se conseguirei. Mas é um compromisso,assim como é compor. Pelo menos está na lista de obrigações agora.
Vamos ver.Por enquanto ainda apelando para a metalinguagem. Eu devia sair para andar,fazer um exercício. Em vez disso,sento aqui para escrever. Já é alguma coisa.

O sol de outono traz aquela luz definida
parece um enhance de photoshop ou coisa parecida

segunda-feira, 4 de abril de 2011

veneno de cobra

 veneno de cobra by Carlos Pontual

the title

i love the sound of mellotron flutes by the morning

já?

Pois é,já estou de volta.
E já me vou de novo.
Tchau,hein!

Abs,
P

começando?

Olá a todos,

  Estou começando por aqui,apesar de já ter um blog no MySpace. Mas como o MySpace está caidaço,parei de postar lá há meses,além da regularidade já estar cada vez mais espaçada. Provavelmente aqui o tom por aqui vai ser mais de pessoa física do que jurídica,digamos assim. Ao contrário do FB e do Twitter,na maior parte do tempo. Enquanto teclo estas modestas palavras,escuto THE KINKS,banda britânica dos anos 60/70 muito boa que estou conhecendo um pouco melhor agora. Não me ocorre nenhuma sacada brilhante no momento.A metalinguagem é perfeita para disfarçar a falta de assunto. Olha só,até que essa foi O.K.

TOM CONFESSIONAL/PESSOA FÍSICA  :
Estou sem trabalho,sem um puto , cheio de opiniões e tempo para expô-las.Estou com 3 discos prontos para mixar e tenho composto bastante. Muitas inéditas.Muitos estilos.Nenhum hit. Nenhuma Obra-prima.
Mas eu dou minhas cacetada. Sim,o filme ZELIG bateu fundo.

Por enquanto é só.Este é apenas o começo.
Até a próxima.A pergunta é :Qual será a regularidade do BLOG DO PONTUAL?

Obrigado e até a próxima,
P