quarta-feira, 15 de junho de 2011

em busca do não sei o que 1

  Aquele manual dizia para evitar escrever na primeira pessoa. Que se foda. Nunca gostei de manual. Se sou eu mesmo ou um personagem é um detalhe menos importante.   O fato é que há meses a ideia de escrever um livro me perseguia. Voltava várias vezes por dia,me acordava no meio da noite. Mais do que uma ideia para um romance,eu imaginava a preparação,que seria perambular por bares ,de preferência pé-sujo. Sinto falta dos azulejos portugueses que tem em qualquer boteco fuleiro no Rio. Não tem disso aqui em São Paulo. Em compensação,aqui tem Serra Malte. E um frio com um quê de europeu , um incentivo à instrospecção e à observação antropológica. Sobre o que eu escreveria? Não importa. Sempre temos a metalinguagem para apelar,não é mesmo?
  Já tenho algumas regras:
1- evitar sinônimos em sequência,eles sugerem sutilezas e gradações inexistentes;
 2- evitar adjetivos ;
 3- evitar metáforas ;
 4-evitar namedropping;
 5-evitar regras .

Sim,eu adoro paradoxos.

Já é um começo.

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