domingo, 26 de junho de 2011

em busca do não sei o que 4

  Dois dias depois a ideia do romance ainda me perseguia. Eu preciso de concentração. Preciso de uma máquina de escrever Remington. Ou Olivetti. Muito mais inspirador aquele tlec tlec da geringonça de metal. E as correções a caneta? Isso sim é Literatura. O café na xicará velha com a borda rachada,o cigarro no cinzeiro,as contas atrasadas debaixo da porta. E o lobby editorial? Que beleza!Os almoços em restaurantes caros onde o suspense sobre quem pagará a conta tempera a refeição com uma tensão trincante que aumenta a concentração na estratégia. Ah, o público-alvo,este animal imaginário que nos assombra nos
domingos de madrugada!

Um comentário:

  1. Escrever na primeira pessoa tem todo um charme...ahaha...A parada é que "necessariamente" o povo pensa que somos nós..E temos que ficar justificando..Paira o mistério...rs Escreve tão bem como toca...Curti ! E sim, datilografar é muito clima "noir" rs...

    ResponderExcluir