quarta-feira, 25 de abril de 2012

em busca do não sei o que 8

em busca do não sei o que 8


  Naquela noite escolhi uma região da cidade conhecida pela profusão de arranha-céus , putas de luxo e playboys gomalinados. Consequentemente , restaurantes caros e lojas de carros importados. Não foi uma boa escolha. Rodei de táxi por uma distância de 40 reais e não achei nada que prestasse. Não existe um bar decente nessa vizinhança. Para não perder a viagem, parei em um restaurante escandinavo com um cardápio de cervejas de vinte páginas. Minha barba por fazer não ganhou a simpatia do maître que só não estava gomalinado por que era careca. Pedi uma cerveja belga de trigo e um prato de arenque defumado .  A dez metros de distância estava uma mesa com 4 universitárias  com bochechas e braços tenros, hipnotizadas pelos seus respectivos celulares. Todas tinham aquela luz azulada em seus olhos arregaladas enquanto consultavam seus oráculos eletrônicos. Esta noite não vai dar em nada. Pedi a conta e fui pra casa.

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